sábado, 27 de fevereiro de 2010

Um projeto de combate ao racismo

DIFERENÇA LEGAL Projeto desenvolveu o respeito entre as crianças da CMEB Mário Leal Silva. Fotos: Diana Abreu

Escola do interior do Espírito Santo transforma discussões preconceituosas em diálogos de respeito às diferenças

Assim era um dia comum no CMEB Mário Leal Silva, em Guaraná, distrito de 7 mil habitantes do município de Aracruz, a 66 quilômetros de Vitória. Uma funcionária vê o trabalho de outra e dispara: "Mas isso parece serviço de preto!" Ao chegar à escola, uma aluna da Educação Infantil ouve o comentário de uma monitora: "Ela é escurinha, mas é tão engraçadinha!" Já em sala de aula, dois alunos discutem e um deles não hesita: "Professora! Manda esse ‘macaco’ parar senão eu vou bater nele!" Embora atenda cerca de 700 alunos que vivem em uma comunidade onde aproximadamente 50% da população é afrodescendente, a falta de respeito com as crianças negras e pardas era flagrante na CMEB Mário Leal Silva. E isso se refletia na aprendizagem, pois eram essas mesmas crianças as que mais apareciam nos índices de reprovação (7,39%) e de distorção idade-série (20%).
Ao assumir a direção em 2008 e se deparar com essa realidade de preconceito, a diretora, Mônica Andréa Porto Louvem, decidiu enfrentar o problema. Até então, o tema "identidade racial" aparecia apenas como parte do conteúdo das aulas de História afrobrasileira para atender às determinações da Lei 10.639/2003. "A cultura negra, por exemplo, só era trabalhada no 13 de Maio", relata Mônica, referindo-se à data comemorativa da libertação dos escravos. Para combater o racismo, ela criou um projeto que envolveu toda a comunidade (leia a íntegra do trabalho).
Segundo Demétrio Magnoli, sociólogo e doutor em Geografia Humana, o fim de atitudes preconceituosas só é possível quando se desfaz a ideia de ‘raça’: "As raças foram nomeadas com base em conhecimentos falsos para atribuir poderes a alguns grupos. Aceitar nossa mistura e entender a diversidade com base na miscigenação e não pela segregação é algo crucial para a desconstrução do pensamento racista. E a escola é um pilar fundamental para promover essa mudança na sociedade. O ideal, quando esse tema é debatido, é falar em ancestralidade".

Novas regras de convívio para combater a impunidade
Realizar um projeto na escola para enfrentar questões relacionadas a valores e atitudes não é simples, pois envolve o trabalho com as regras do convívio escolar e a articulação de muitas atividades. Em Aracruz, era preciso desencadear ações nas reuniões com professores, funcionários, alunos e pais, redefinir conteúdos curriculares para explorar na sala de aula e estabelecer formas concretas para lidar com as questões (regras, registros e conversas entre partes envolvidas em conflitos). Tudo para construir um ambiente de conscientização sobre os malefícios causados pela discriminação. Mais do que isso, era essencial fazer do espaço um ambiente no qual o racismo não fosse tratado de forma impune e onde fossem realizadas diariamente ações para que houvesse o entendimento do problema. Uma das preocupações era fazer com que cada um compreendesse a questão do ponto de vista de quem sofre o preconceito para com isso poder refletir sobre as posições tomadas e as opções feitas no dia a dia, no convívio com os colegas.
O primeiro passo para a implantação do projeto Diversidade, Sim! Desigualdade, Não! Conhecendo, Percebendo e Valorizando a Identidade Étnico-Racial no Cotidiano da Escola foi elaborar um diagnóstico detalhado da situação para, então, inserir as questões de respeito no projeto pedagógico. Essa análise foi importante para socializar as informações sobre a questão com toda a equipe.
As discussões começaram em uma das reuniões semanais que a diretora organiza com toda a equipe pedagógica. Mônica apresentou dados sobre o perfil dos estudantes, assim como a descrição de atitudes preconceituosas que haviam sido observadas no cotidiano escolar. Os docentes responderam a um questionário, que forneceu pistas importantes sobre a necessidade de transformar a escola em um espaço de luta contra a discriminação. Após a análise das informações, começaram os encontros para discutir como a instituição lidava e como deveria tratar a questão racial.
Nos encontros periódicos da equipe gestora, ficou decidido que tanto alunos como funcionários deveriam desenvolver a compreensão histórica e cultural sobre a diversidade étnica. Foi pensado também em como seria feita a sistematização das ações e a sensibilização do Conselho Escolar. "Estimulamos o diálogo, a observação e a reflexão sobre as atitudes preconceituosas na escola."
Em alguns momentos, foi preciso chamar a atenção de colegas que nem sequer percebiam como tinham discursos discriminatórios. "Hoje, essa cultura de observação está já instaurada na escola e avançamos muito nas questões pedagógicas. O problema do racismo, porém, envolve uma construção constante", observa a diretora. Esse é um dos pontos de maior importância: a permanência da cultura do respeito.
"Em um trabalho em que o objetivo é mudar formas de comportamento e valores, é preciso manter o assunto aquecido durante todo o ano, as ações ocorrendo e as informações circulando. Esse é um dos méritos desse projeto", afirma Ana Amélia Inoue, selecionadora do Prêmio Victor Civita Educador Nota 10. "O trabalho transformou atitudes preconceituosas em diálogos de respeito. E por isso ele é permanente", observa Mônica, a diretora.
Paula Nadal

Apartamento de chileno é atingido por tremor no interior de SP



Lucas Herrera é natural de Concepción, mais atingida por terremoto.
Ele mora com a família no 22º andar de prédio em São José dos Campos.
Em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, a 97 km de São Paulo, moradores de apartamentos localizados entre o 17º e o 22º andar do Condomínio Edifício Nacional, na região central da cidade, também sentiram os reflexos do terremoto ocorrido no Chile. O chileno Lucas Herrera, de 72 anos, é natural de Concepción, onde está o epicentro do terremoto, e foi um dos que relataram a ocorrência de tremor no prédio. Os tremores também foram sentidos na capital de madrugada Morador do 22º andar, o mais alto do prédio, ele disse que já estava dormindo, por volta das 3h30, enquanto sua esposa assistia televisão, quando o apartamento começou a balançar e o lustre a tremer. "Ela me acordou e logo depois, uns cinco minutos, o prédio novamente balançou e aí eu registrei em vídeo, com a máquina fotográfica", narrou.
Acostumado a esse tipo de fenômeno, Herrera, a esposa Ester Gonzalez, de 69 anos, e uma filha, ambas também chilenas, preferiram ficar no apartamento. "Se acontecesse alguma coisa não daria tempo de chegar ao térreo", justificou. Segundo ele, o que deixou a família preocupada foi a diferença entre as construções aqui do Brasil e aquelas de seu país. "Lá é tudo muito mais reforçado e as construções são preparadas para esse tipo de ocorrência", disse.
No Brasil há 34 anos, Herrera disse que assistiu ao maior terremoto que atingiu seu país e sua região, em 21 de maio de 1960. "Lá os abalos são uma rotina e a gente costuma nem dar bola para um tremor como esse que vivemos nessa madrugada", afirmou.
De acordo com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de São José dos Campos, nenhuma ocorrência ou chamada relacionada ao fenômeno foi registrada pela madrugada ou durante o dia. Em outras cidades da região também não houve noticias de possíveis tremores.


G1

O que é sexo normal?


O manual da psiquiatria está sendo revisto. Entre os novos distúrbios deverá estar o impulso incontrolável de fazer sexo

A paulistana Priscila S., de 49 anos, considera sua vida absolutamente normal. Ela dá aulas de inglês, faz ginástica, gosta de ir ao teatro e a bares e restaurantes com o marido e os amigos. Priscila diz que seu casamento sempre foi ótimo e está ainda melhor desde 2000, depois que o casal descobriu o BDSM, sigla para a expressão Bondage, Disciplina, Sadismo e Masoquismo. Os adeptos da prática gostam de dominar ou ser submissos para atingir o prazer sexual, o que pode ou não envolver dor. Há os que, como Priscila, se excitam ao ser amarrados ou ficar pendurados nus por horas sendo observados. E aqueles que, como seu marido, sentem prazer em amarrar, dominar e, às vezes, dar mais do que uns tapinhas. Tudo é feito com o consentimento do outro. “É uma sensação indescritível de bem-estar”, afirma a professora. A prática que dá prazer a Priscila é classificada como distúrbio psiquiátrico pela Associação de Psiquiatria Americana (APA). A entidade elabora o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais (DSM), referência para médicos de todo o mundo.
Publicado em 1952 e atualizado pela quarta e última vez em 1994 (houve apenas uma revisão de texto em 2000), o documento de 943 páginas, que descreve cerca de 300 distúrbios psiquiátricos – entre eles os sexuais –, está sendo reformulado. O DSM-5 será publicado em 2013, mas a lista com as propostas dos comportamentos que passam a ser considerados anormais, os que deixam de ser e os que se mantêm foi divulgada em fevereiro. Aqueles que, como Priscila, não concordam com a permanência das práticas de BDSM no manual, como está sendo proposto, ou com qualquer outro item da lista, poderão se manifestar. O rascunho ficará disponível na internet até abril.
Se depender do apoio de maridos pegos sobre a cerca, uma das propostas que deve fazer sucesso é transformar o impulso sexual excessivo – ou compulsão sexual – oficialmente em transtorno psiquiátrico. Estima-se que o problema – caracterizado pela obsessão incontrolável pelo ato sexual, capaz de prejudicar a capacidade de concentração e de dedicação às tarefas do dia a dia e comprometer o trabalho, a saúde e os relacionamentos da pessoa – afete cerca de 6% da população dos Estados Unidos. Mesmo assim, tal impulso incontrolável é visto com certa desconfiança, dada a quantidade de homens que já apelaram a ele para justificar suas aventuras sexuais fora do casamento. Depois de antecessores famosos como os atores Michael Douglas e David Duchovny, o compulsivo da vez é Tiger Woods, que deu uma entrevista coletiva se desculpando por seu problema incontrolável na semana passada. O campeão de golfe passou um tempo internado para tratar da suposta compulsão sexual depois que vieram à tona seu caso extraconjugal com uma garçonete de Nova York e aventuras com pelo menos uma dezena de outras mulheres.
Estima-se que a hipersexualidade prejudique a vida de 6% da população americana.
A vantagem de incluir no novo manual uma doença que já é tratada pela medicina, segundo o psiquiatra Luiz Alberto Hetem, vice-presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, é poder estudá-la mais detalhadamente e descobrir quais tratamentos e intervenções dão melhores resultados. No caso da hipersexualidade, isso também poderá aumentar a credibilidade dos pacientes. “Mas pode ter como efeito colateral mais justificativas médicas para casos de adultério”, diz. De acordo com Hetem, mais controversa do que a proposta de incluir a hipersexualidade no rol das doenças psiquiátricas é a que pode servir de argumento para livrar estupradores da cadeia. Ele diz que essa é a segunda vez que se considera incluir no DSM o Transtorno Obsessivo Coercivo, definido como “fantasias e desejos intensos com a possibilidade de forçar outra pessoa a fazer sexo”. A primeira foi em 1984, na terceira revisão do documento. A inclusão foi rejeitada, pois os responsáveis concluíram que seria impossível validar de maneira confiável o que diferenciava os estupradores doentes dos antissociais. A proposta atual continua com a mesma dificuldade. Mesmo os especialistas que não são contrários a ela, como o psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes, da Unifesp, acreditam que ela deve ser barrada novamente. “O conceito é bom, não me oponho. Nem toda pessoa que comete estupro tem personalidade amoral, a maior parte sofre com o que está fazendo”, afirma. “Mas é fato que qualquer estuprador pego vai alegar o transtorno. E o diagnóstico é feito com base no relato do paciente.”
Comportamentos sexuais só devem ser tratados quando
prejudicam a vida de alguém, dizem psiquiatras
Um dos grandes problemas de transformar comportamentos em distúrbios mentais é definir o limite entre a normalidade e o excêntrico, o inofensivo e o prejudicial. Em relação ao sexo, quais práticas são naturais e quais precisam de intervenção médica? Com base em que isso é definido? O conceito de saudável para a Organização Mundial da Saúde (OMS) define-se pelo “bem-estar biopsicossocial do ser humano”. Guiados por essa definição, os profissionais que estudam a mente humana dizem que comportamentos sexuais só precisam ser tratados quando afetam negativamente a vida do indivíduo ou dos que se relacionam com ele. “Se a pessoa não sofrer e não prejudicar terceiros, não é uma patologia”, diz Ronaldo Pamplona, psiquiatra e sexólogo, autor do livro Os 11 sexos, as múltiplas faces da sexualidade humana. O objetivo do DSM, portanto, é apenas servir como base para o diagnóstico e a identificação de um distúrbio.
“A partir do reconhecimento do problema é possível conduzir um tratamento não para curar, mas para reduzir o sofrimento da pessoa.” E apenas quando este for o desejo do indivíduo, como foi o do advogado paulistano que prefere ser identificado como Márcio (nome adotado para proteger sua identidade). Ele é crossdresser, alguém com compulsão de se vestir e se portar como mulher, e fez 15 anos de terapia. Aos 46, casado, com uma filha, profissional de sucesso, leva uma vida tranquila. Duas vezes por semana ele se transforma em Márcia, em um apartamento que mantém no centro da cidade. “Não me sinto doente. Sou diferente dos padrões morais e éticos da sociedade”, diz. “O fato de eu não poder pôr para fora meus sentimentos é que me causava problemas, mas a terapia me ajudou a me aceitar.” O comportamento do advogado está descrito na atual versão do DSM, no capítulo das “parafilias”, definidas como preferências ou obsessões por práticas sexuais socialmente não aceitas. A proposta é que continue no DSM-5.
Márcio tem duas visões distintas sobre a lista de parafilias do manual psiquiátrico, que também inclui – e deverá manter – o voyeurismo (obtenção de prazer sexual através da observação de outras pessoas) e o fetichismo (uso compulsivo de objetos ou partes do corpo como estímulo à satisfação sexual.). Como advogado, é contra a retirada de algumas delas da classificação. Na Justiça, é preciso comprovar a “doença” para ter direito a atendimento médico público – inclusive para a operação de mudança de sexo em transgêneros. Como crossdresser, não acredita na necessidade de estar incluído numa lista de distúrbios. “Os comportamentos desviantes têm de ser analisados caso a caso, não precisam estar numa lista”, diz.
A lista é necessária, afirmam os médicos, porque ela vai orientar os diagnósticos clínicos e a pesquisa científica. Segundo a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo, a classificação ajuda a normatizar. “Um psiquiatra recém-formado se baseia nela até aprender todas as características que fazem parte de determinado quadro clínico”, diz. Daí a necessidade das revisões periódicas. Um psiquiatra que estudou há 30 anos aprendeu que a pedofilia era um distúrbio exclusivamente masculino. Não é verdade, hoje se sabe. Até 1970, a homossexualidade era tratada como doença e fazia parte do DSM. Talvez não tivesse permanecido ali por tanto tempo se os homossexuais tivessem tido a oportunidade de se manifestar, como agora podem fazer os sadomasoquistas, os crossdressers e todos os que se identificarem na lista que está sendo proposta e não concordarem com ela. “Ainda que a decisão final caiba ao grupo de pesquisadores envolvidos na revisão, tenho certeza de que a opinião pública vai pesar”, diz o psiquiatra Luiz Alberto Hetem.

Fernanda Colavitti e Rodrigo Turrer


Época

Serial Killer de Minas Gerais também é investigado pela morte do tio e da enteada


BELO HORIZONTE - Marcos Antunes Trigueiro, acusado de ser o maníaco que matou e estuprou pelo menos cinco mulheres na região metropolitana de Belo Horizonte, foi ouvido mais uma vez pela polícia. Nessa sexta-feira à noite, ele teria assumido, em depoimento que durou seis horas, a autoria desses e de outros dois assassinatos, segundo a polícia.
Com base em informações do atestado de óbito da criança, Trigueiro é suspeito de ter matado a enteada dele - um bebê de três meses, diz o delegado Edson Moreira.

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- Pelo o que o atestado de óbito mostra, a criança morreu com ferimentos contusos. Ferimentos contusos são provocados pelo punho, pedaços de madeira, tijolo, pedra, pedaço de cano. O mais provável nesse caso, tendo em vista que a criança tinha três meses, é que os ferimento tenham sido causados pelo punho de Trigueiro - explicou o delegado Edson Moreira.
A delegada de Contagem esteve na sede do Departamento de Investigação. Ela acredita que Marcos pode ainda ser autor de outro crime que ela investiga, a morte de um tio do suspeito. Em 2004, Marcos Trigueiro já havia sido preso por roubar e matar um taxista em Betim
O trabalho da polícia foi acompanhado por um promotor de Justiça e pelo advogado de defesa do criminoso.
No inquérito constam as provas que atestam a autoria dos crimes de estupro e morte: depoimento de testemunhas, o laudo pericial do Instituto de Criminalística que aponta que o material genético encontrado no corpo das três das vítimas era mesmo de Marcos Antunes Trigueiro. Ele foi preso em casa, em Contagem. Com ele, a polícia encontrou telefones de duas mulheres que foram mortas.
A mulher de Marcos, que também foi presa por estar com o celular de uma vítima, deve ser liberada na segunda-feira.
- Ao ser interrogada, ela disse que nem sabia desses crimes. Quando ele chegava com os celulares em casa, ele alegava que os aparelhos foram dados como pagamento de trabalhos que ele executou. Por isso, ela não desconfiava de nada - disse o delegado Edson Moreira.
Aos psiquiatras que estudam o comportamento de Marcos Trigueiro, ele teria revelado que escolhia as vítimas que se pareciam fisicamente com a mãe.
Segundo a polícia as investigações continuam. Novas testemunhas serão ouvidas para esclarecer se outros crimes também tiveram a participação de Trigueiro. Ele permanece preso em uma cela individual no Ceresp São Cristóvão.


Estudo diz que sexo na mídia estimula violência contra mulher


Um estudo divulgado nesta sexta-feira afirma que a exposição de crianças e adolescentes a conteúdo sexual na mídia vem reforçando a ideia da mulher como objeto de desejo e alvo de violência doméstica.

O relatório Sexualização dos Jovens, da psicóloga Linda Papadopoulos, encomendado pelo Ministério do Interior britânico, diz que os jovens estão cada vez mais expostos a conteúdo relacionado à sexualidade por meio de revistas, televisão, internet e aparelhos de celular, sem que os pais consigam controlar isso.
Segundo ela, esse conteúdo está “legitimando a ideia de que as mulheres existem para serem usadas e de que os homens existem para usá-las”.
Nesse contexto, a pesquisadora entende que a posição da mulher como alvo de violência doméstica acaba virando comum e até aceitável.

Da sexualidade à violência
O estudo diz que as crianças estão sendo cada vez mais retratadas como adultos, enquanto adultos são infantilizados, o que confunde as noções de maturidade e imaturidade sexual.
Além disso, tanto mulheres quanto homens são levados pela mídia a buscar um ideal de aparência física "fora da realidade”, o que resulta em “insatisfação com o próprio corpo, um reconhecido fator de risco para a autoestima, para depressão e distúrbios alimentares”.
“Um tema dominante em revistas parece ser a necessidade das garotas de se apresentarem como sexualmente desejáveis para atrair a atenção masculina”, diz o estudo.
Seguindo esse mesmo raciocínio de subserviência feminina, a violência contra as mulheres acaba sendo banalizada.

Leia na BBC Brasil:
"Gangues de Londres usam estupro como arma, diz relatório"

O relatório aponta que, desde 2004, a exibição na TV de cenas de violência contra a mulher cresceu 120%, enquanto as de agressão contra adolescentes aumentou 400% no período. Além disso, no cinema, 75% dos personagens e 83% dos narradores são homens.

Papel dos pais e da escola
Papadopoulos entende que essa lógica explica os resultados de uma pesquisa do Ministério do Interior britânico divulgada neste mês.
A análise revelou que 36% dos britânicos acreditam que, em caso de estupro, a mulher deve ser parcialmente responsabilizada se estiver bêbada, e 26% pensam assim no caso de a vítima estar usando roupas sensuais.
A psicóloga cita ainda o dado de que uma em cada três garotas britânicas entre 13 e 17 anos já teve de fazer sexo contra a sua vontade, enquanto 25% delas já sofreram algum tipo de violência física.
Para reverter esse quadro, o relatório defende que os pais acompanhem mais de perto como seus filhos usam a internet e seus celulares e que o Estado tome medidas para coibir a banalização da sexualidade.
A pesquisadora também recomenda que as escolas tragam essa discussão sobre a igualdade de gênero para as salas de aula.



Terremoto no Chile deixa vários países em alerta para tsunamis


RIO - O terremoto de 8,8 graus no Chile deixou várias regiões do mundo em estado de alerta para tsunamis. A presidente chilena, Michelle Bachelet, disse hoje que a Marinha começou a esvaziar as zonas consideras mais perigosas da Ilha de Páscoa, que pode ser atingida ainda neste sábado por uma tsunami. Ela acrescentou que uma onda tomou conta da ilha de Juan Fernández, situada a 600 quilômetros da costa.
- Há uma informação de ondas gigantes que poderão chegar na próxima hora na Ilha de Páscoa, razão pela qual as pessoas que estão nas zonas baixas estão sendo levadas para zonas mais altas - disse a presidente.
Até 24 horas após o tremor, pode haver ondas gigantes na Austrália e na Nova Zelândia e também em regiões costeiras na Ásia. Na Polinésia Francesa, há alerta para tsunamis nas Ilhas Gambier, no Taiti e em Bora Bora. O perigo, segundo autoridades, continua até pelo menos duas horas após a primeira tsunami. Nessas regiões, as pessoas estão sendo aconselhadas a ir para regiões elevadas.
O centro de alerta de tsunamis no Pacífico informou, neste sábado, que a onda formada após o terremoto no Chile deve atingir também ilhas no Havaí. Em nota, o centro alertou que "ações urgentes precisam ser tomadas para proteger vidas e patrimônios". O geofísico Victor Sardina disse que todos os países devem considerar seriamente a ameaça:
- Todos estão em perigo porque a onda gigante segue seu caminho - disse ele, em entrevista por telefone à agência Reuters.


Segundo o centro, a primeira tsunami - com uma sequência de ondas gigantes - deve atingir o Havaí às 11h19m locais. Sardina informou, ainda, que são esperadas ondas de dois metros em algumas localidades. No entanto, o centro admite que há dificuldade de prever com certeza a altura das ondas de tsunamis, que podem variar conforme a topografia ao longo da costa.
O geofísico acrescentou, ainda, que as costas da Califórnia e do Alasca também poderão ser atingidas, mas com impacto bem menor.



O Globo

Provas - Sangue no apartamento

A quantidade de sangue que foi encontrado dentro do apartamento é realmente compatível com os ferimentos de Isabella. Apenas alguns pontos foram limpos (maior acúmulo de sangue), mas foram localizados depois com bluestar, hexagon e crimescope. A maior parte destas amostras pode ser periciada e foi comprovado que o sangue ali era somente de Isabella.



Onde houve uma maior concentração de sangue os móveis foram mudados de lugar. No depoimento do casal em juízo, foi-lhes pedido que desenhassem como era a disposição destes móveis.







A análise pericial das gotas de sangue no apartamento revela que Isabella foi carregada por uma pessoa com a mesma altura de Alexandre. No colchão eram as pegadas dele que estavam ao lado deste rastro de sangue. O sangue encontrado no apartamento pingou de uma distância entre 1,20 metros e 1,30 metros e é compatível com a altura do pai carregando a menina no colo.



A quantidade de sangue no apartamento era considerável. Apesar de Alexandre afirmar em seu depoimento que só percebeu que havia algo errado quando entrou no quarto onde havia deixado Isabella, não a viu e percebeu o corte na tela de proteção, o depoimento de Anna Jatobá o desmente:

Na porta de um dos quartos também foram encontrados vestígios de sangue que parece ter sido originados de uma mão de criança


Na fachada do prédio, logo abaixo da janela de onde Isabella foi jogada, e no colchão também foi identificado pelo teste de DNA sangue dela:




De gravata ou revólver na mão



Ao contrário do que imaginam os fumantes, cigarros de baixos teores são mais nocivos à saúde.

Na primeira metade do século 20, a indústria do fumo fez o possível e o inimaginável para impedir que a sociedade fosse informada dos malefícios do cigarro. Nos anos 60, depois da publicação da monografia "Fumo e Saúde", na Inglaterra, e do relatório "Luther Thierry, General Surgeon", nos Estados Unidos, nos quais foram reunidos mais de 30 mil estudos que demonstravam ser o tabagismo a principal causa isolada de mortes e doenças crônicas, a indústria houve por bem lançar o chamado cigarro de baixos teores, também batizado de "light", "ultralight" ou "low tar".
O bombardeio publicitário pela TV e demais meios de comunicação sugeria aos incautos que as marcas "light" representariam uma forma segura de fumar: fumos com teores reduzidos de alcatrão e nicotina deveriam fazer menos mal do que aqueles com concentrações mais altas dessas substâncias. Como conseqüência, seu consumo virou moda; especialmente entre as mulheres, o alvo principal das campanhas para expandir o mercado de dependentes.
Na verdade, tratava-se de uma manobra criminosa: comparado com os fumos mais fortes, o cigarro de baixos teores é um agravo muito mais sério à saúde.
Para conquistar usuários do sexo feminino e facilitar para as crianças a aceitação do sabor aversivo da fumaça, a indústria adiciona aos cigarros de baixos teores compostos naturais e sintéticos com odores e gostos agradáveis, como o etilvalerato (maçã), álcool fenílico (rosas), anetol (aniz) e muitos outros. Muitos, mesmo: são mais de 600 - segundo o Food and Drug Administration, dos Estados Unidos -, que vêm somar-se aos 5.000 ou 6.000 normalmente presentes no cigarro. A combustão de vários desses aditivos dá origem a subprodutos hepatotóxicos ou cancerígenos.
A nicotina é uma droga que exerce ação psicoativa ao ligar-se a receptores existentes nos neurônios de diversas áreas cerebrais. Quando esses receptores ficam vazios o fumante entra em crise de abstinência e acende o próximo cigarro. Ao dar a primeira a tragada, a ansiedade desaparece de imediato porque a droga vai dos pulmões ao cérebro em apenas seis a dez segundos. Esse mecanismo é tão poderoso que o cérebro não deixa a critério do fumante a inalação da quantidade de nicotina exigida pelos neurônios dependentes: são eles que controlam a duração e a profundidade da tragada. Se a concentração da droga na fumaça é mais baixa o cérebro ordena uma tragada mais profunda e duradoura.
Ao aspirar com mais força, o ar entra com maior velocidade e queima proporcionalmente mais tabaco do que o papel das laterais, aumentando o conteúdo de nicotina na fumaça e provocando alterações químicas que a tornam mais facilmente absorvida nos alvéolos pulmonares.
Por essas razões, até hoje nenhum estudo demonstrou que fumantes de cigarros "light" apresentem menos doenças cardiovasculares, respiratórias ou câncer. Pelo contrário, alguns trabalhos mostram incidência mais alta de ataques cardíacos e de doenças respiratórias.
Faço essas observações, leitor, para comentar um trabalho publicado na revista médica "The Lancet" por três autores canadenses que tiveram acesso aos documentos dos estudos sobre os efeitos do cigarro, conduzidos secretamente pela multinacional British American Tobacco (controladora da Souza Cruz, no Brasil) no período de 1972 a 1994, agora tornados públicos depois de longa batalha judicial vencida pelas autoridades norte-americanas.
Os exames para analisar cigarros são regulamentados por uma organização internacional (ISO). O teste padrão é feito por meio de uma máquina de fumar que uma vez por minuto, dá uma tragada de dois segundos de duração, na qual são inalados 35 mililitros de fumaça para análise. Ocorre que os pesquisadores da companhia descobriram que o fumante médio é mais ávido: dá duas tragadas por minuto, nas quais inala 50 a 70 mililitros de cada vez.
Na documentação, os autores canadenses verificaram que a multinacional não estava simplesmente interessada nos hábitos dos fumantes, procurava usar esse conhecimento para desenvolver um cigarro que obedecesse às normas legais de acordo com as análises efetuadas pelas máquinas de fumar, enquanto aumentava o conteúdo de nicotina a ser absorvido pelos pulmões fumantes, como evidencia um documento interno datado de 1983: "O desafio é reduzir o conteúdo de nicotina determinado pelas medidas das máquinas e, ao mesmo tempo, aumentar a quantidade realmente absorvida pelo fumante".
Outra diretriz interna propunha: "O ideal é que os cigarros de baixos teores não pareçam diferentes dos normais ... Eles devem ser capazes de liberar 100% mais de nicotina do que o fazem nas máquinas de fumar". Em 1978, enquanto a publicidade milionária exaltava as virtudes das marcas "light", um dos médicos contratados pela empresa advertia, em sigilo: "Talvez a variável mais importante para caracterizar o risco à saúde seja a duração do contato com a fumaça inalada. Se assim for, a fumaça inalada profundamente através dos cigarros de baixos teores deve ser mais prejudicial".
Moral da história: de terno e gravata ou revólver na mão, vendedores de drogas são indivíduos dispostos a cometer qualquer crime para ganhar dinheiro.
Drauzio Varella


Pelo menos 47 morrem em tremor de magnitude 8,8 no Chile


Um terremoto de magnitude 8,8 atingiu no sábado o centro-sul do Chile, o maior tremor no país em 25 anos. Pelo menos 47 pessoas, segundo a imprensa local, morreram no tremor.

Segundo o United States Geological Service (USGS, por sua sigla em Inglês), o terremoto teve seu epicentro a 35 quilômetros de profundidade, na região de Bio Bio, a cerca de 320 quilômetros ao sul da capital chilena, Santiago, e 91 quilômetros ao norte de Concepción.
Horas depois do primeiro tremor, a região foi atingida por um segundo, de magnitude 6,2.
"Quero pedir calma", disse a presidente chilena, Michelle Bachelet, ao convocar uma reunião de emergência para discutir as medidas após o tremor às cinco da manhã locais.
Um alerta de tsunami foi emitido para as zonas costeiras do Chile, Equador e Peru, e depois estendido para a Colômbia, Panamá, Costa Rica e Antártida.
A agência meteorológica do Japão alertou para possíveis tsunamis na região do Pacífico.

'Interminável'
De acordo com a correspondente da BBC no Cone Sul Valeria Perasso, na região de Araucanía, onde houve vítimas, foram relatados danos a hospitais e redes de infraestrutura básica, como água, gás e electricidade. Moradores das zonas atingidas pelo terremoto descreveram o tremor como "interminável", e o estado de choque foi sentido nas ruas, em meio a casas destruídas.
Entretanto, lembrou a jornalista, ainda é cedo para fazer uma avaliação dos prejuízos.
Segundo o USGS, os efeitos do tremor foram percebidos no mar de Valparaíso, na costa a oeste de Santiago.
O leitor Mark Winstanley, que contatou a BBC em Viña del Mar, um balneário próximo de Valparaíso, afirmou que os prédios haviam tremido, mas que ele não havia visto ainda sinais de destruição. Telefones e eletricidade estavam cortados, disse Winstanley.
Na capital chilena, relatos dão conta de que os prédios tremeram entre 10 segundos e 30 segundos.
Um professor da universidade de Santiago, Cristian Bonacic, disse que o terremoto havia sido forte, mas que a cidade parecia ter resistido bem. Comunicações via internet estavam funcionando, mas não os telefones celulares.
Um jornalista que falou à TV chilena da cidade de Temuco, 600 km ao sul da capital, disse que muitas pessoas haviam deixado suas residências com medo de desabamentos. Muitas, em prantos.
Depois do terremoto, tremores de intensidade variável foram registrados em todo o país, levando as autoridades chilenas a pedir aos moradores que permaneçam em casa.
Graciela Martín, de Mendoza, no lado argentino da fronteira andina, afirmou que "deste lado da fronteira, sentimos um tremor de cerca de um minuto."
Há inclusive depoimentos de pessoas que dizem ter sentido os efeitos no Brasil. A Defesa Civil de São Paulo confirmou os relatos, mas disse que não há danos ou vítimas.
Foi de fato um grande terremoto, mas as instituições estão funcionando. Em breve poderemos ter informação visual sobre o que aconteceu.
Michelle Bachelet, presidente do Chile

Bachelet
Ao convocar a reunião de emergência, a presidente Michelle Bachelet, que havia planejado com antecedência uma viagem para a região de Bio Bio neste sábado, afirmou que equipamentos seriam enviados de Santiago para as províncias do sul para restabelecer as comunicações interrompidas.
"Foi de fato um grande terremoto, mas as instituições estão funcionando. Em breve poderemos ter informação visual sobre o que aconteceu", disse a presidente chilena.
O maior terremoto a atingir o Chile no século 20 foi um tremor de magnitude 9,5, que atingiu a cidade de Valdívia em 1960, deixando 1.655 mortos.
Para o sismólogo britânico Roger Musson, o terremoto deste sábado foi "gigantesco".
"Qualquer movimento acima de oito graus é um grande terremoto", precisou o especialista.


Cientistas dizem estar perto de criar 'tradutor' de choro de bebês


Um grupo de cientistas japoneses desenvolveram um programa de computador capaz de analisar o choro dos bebês. Por enquanto, o sistema consegue diferenciar o choro decorrente de alguma dor dos demais tipos.

Os pesquisadores acreditam que, em breve, o tradutor do choro dos bebês poderá dizer aos pais se seus filhos então com sono, fome, precisando trocar de fralda ou com dor.
Nos resultados divulgados na mais recente edição do International Journal of Biometrics, os japoneses afirmam que conseguiram um índice de 100% de acerto em seus testes para diferenciar quando o bebê chora porque está com dor de quando chora por outras razões.
Para conseguir isso, o sistema desenvolvido analisa a frequência e a potência do choro para classificá-lo.
Apesar de estarem usando uma grande estrutura de computadores para realizar a análise, os cientistas acreditam que a técnica poderá ser implantada em monitores portáteis ou até mesmo aparelhos de celular.
A empresa te tecnologia espanhola Biloop já havia lançado em novembro do ano passado um Clique aplicativo para o Iphone chamado Cry Translator ("Tradutor de choro", em inglês). Segundo a empresa, os testes teriam comprovado que o programa acerta 96% das vezes, mas nem todos os consumidores concordaram.
Tomomasa Nagashima, professor do Instituto de Tecnologia Muroran, em Hokkaido, no Japão, e um dos líderes do projeto, diz que a tentativa de ajudar os pais a interpretar o choros dos bebês realmente não é nova, mas que os monitores do futuro poderão traduzir o choro dos bebês para que os pais saibam o que significa com absoluta certeza".


Grupo de policiais discutirá combate ao crack no País


Ricardo Balestreri, Secretário Nacional de Segurança Pública, anunciou hoje no Rio que o governo federal vai reunir um grupo de policiais de todo o País para discutir especificamente as formas de combate ao crack. "A polícia brasileira, com toda a boa intenção, não tem know-how para o combate ao crack", disse durante a reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia. Em um mês, esta força-tarefa reunindo policiais civis, militares e guardas municipais, começa a trabalhar.
Segundo ele, a polícia brasileira tem competência para combater o tráfico de cocaína. "O crack é o lixo da cocaína, mas tem que ser tratado de forma diferenciada. Ele tem características de distribuição diferentes de todas as outras drogas. Normalmente, no Brasil se vai a um ponto para comprar drogas. E o crack é diferente, é vendido nas ruas. Ele é capilar, está presente no conjunto da sociedade. É uma droga de venda pequena e de baixo valor, disseminado entre as classes populares", disse.
Balestreri explicou que nos Estados Unidos há uma queda na venda de crack. "Esta é uma droga que vicia e mata muito rápido. Os traficantes americanos chegaram à conclusão que é ruim para os negócios e por isso estão diminuindo a venda. Nós ainda não estamos nesta fase no Brasil. É preciso atuar fortemente na repressão. E ela não pode ser burra". Balestreri acredita que o consumo não está restrito a grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Ela está infiltrada nas pequenas cidades também. Estamos tendo uma verdadeira eliminação da nossa juventude. E temos dúvida sobre a possibilidade de tratamento, de recuperação. Por isso a repressão tem de ser inteligente".
Durante a reunião da Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia, na sede do Viva Rio, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), divulgou uma nova vertente do uso de crack pelos traficantes cariocas. "Há suspeitas de que traficantes do Rio estão misturando crack à maconha vendida. Isso é muito grave", alertou. Este foi um dos argumentos de Teixeira na defesa de uma mudança na lei de drogas, diferenciando usuário de traficante e determinando penas diferentes para traficantes presos com pequenas quantidades e desarmados. "O consumo está aumentando e a qualidade da droga vendida está piorando, como esta suspeita de 'craquização' da maconha no Rio".
Além destas mudanças sugeridas por Teixeira, Ricardo Balestreri defendeu também um aumento dos gastos do governo federal com segurança pública. "Precisamos investir R$ 8 bilhões. Temos que focar nosso combate nas fronteiras e no grande traficante, sem esquecer de políticas de tratamento do usuário."

Márcia Vieira
Agencia Estado



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Jovem escreveu carta de adeus à heroína meses antes de overdose


A tia da adolescente britânica Hannah Meredith, que em outubro de 2009 morreu de overdose de heroína pouco antes de completar 18 anos, revelou trechos de uma carta de despedida à droga escrita por ela dois meses antes de morrer.

De acordo com a tia, Lisa Moore, a carta teria sido escrita com o intuito de ajudar outros jovens viciados em drogas. Ela endereçou a missiva à própria heroína, que ela classifica de "assassina".
"Querida heroína, eu jamais quero tocá-la de novo, nunca mais. Você arruinou a minha vida", começa a carta, que foi lida por Moore na rádio BBC inglesa.
Meredith admite na carta que roubou da família para sustentar o vício e que não sabe porque começou a usar a droga.

'Junkie'
A jovem, que vivia na cidade de Llanelli, no País de Gales (sudoeste da Grã-Bretanha), diz sentir remorsos por ter roubado 120 libras (cerca de R$ 330) da avó, "que está ficando velha", e diz que não é bom ser chamada de junkie (termo usado para chamar viciados em drogas em geral) e de smackhead (gíria britânica para viciados em heroína).
"Você me fez sentir pequena, como se não valesse nada. Só uma junkie suja que fura os braços com agulhas."
A carta diz ainda que a adolescente perdeu "quase dois anos e meio da sua vida", mas destaca que o vício "agora é passado".
Meredith disse que iria provar “para todo mundo que sou capaz de ficar longe de você (a heroína), fazer uma faculdade, conseguir um emprego e um carro".
"Você é uma assassina. Você matou muita gente. Tenho sorte por você não ter me posto no cemitério de Box (em Llanelli)", escreveu a adolescente, semanas antes de morrer.
Ironicamente, segundo Lisa Moore disse que a sobrinha acabou sendo enterrada naquele mesmo cemitério, citado por ela.
A jovem diz ainda que perdeu vários amigos por causa da droga, que "me ignoram quando passo" e que "não é legal ter marcas de agulha nos braços".

A adolescente encerra a missiva à heroína com uma despedida:
"Adeus, heroína. Até nunca mais. A família vem em primeiro lugar. Hannah Meredith."


Adolescente de 58cm é a menor menina do mundo

Com apenas 58cm de altura e pesando 5kg, Joyti Amge é a menor menina do mundo. Joyti, com 14 anos de idade, é menor que uma criança normal de 2 anos. Ela possui uma das formas de Duarfismo Primordial, aquela mesma doença que já foi comentada aqui no caso Kenadie.
Joyti leva uma vida normal apesar de seu tamanho e tem os mesmos gostos das adolescentes de sua idade. Ela adora DVDs e também gosta muito de vestidos.


Segundo ela: “Tenho orgulho de ser pequena. Eu amo toda a atenção que eu recebo. O fato de ser pequena não me deixa assustada e também não me arrependo”.
Joyti frequenta uma escola normal na cidade de Nagpur, India. Ela sonha em ser atriz do cinema indiano no futuro.

Cão sem duas patas ganha 'cadeira de rodas'



Um cão que nasceu sem as patas dianteiras ganhou uma "cadeira de rodas" para conseguir se locomover.
A ideia partiu do dono do cachorro, Avi Kozi, que adotou o animal quando soube que ele seria sacrificado pelos proprietários originais.
Kozi, que é diretor da Sociedade Protetora dos Animais de Israel, disse que esperou o primeiro ano para ver se o cão, Hoopa, aprenderia a andar usando apenas as patas traseiras, o que não ocorreu.
Por isso, encomendou a "cadeira de rodas".
Agora, ele aguarda a fabricação de uma prótese que deve ajudar Hoopa a se sentar e a se levantar sozinho.

BBC Brasil

CRM dá 10 dias para médicos explicarem briga em sala de parto no Mato Grosso do Sul


CAMPO GRANDE - O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso do Sul (CRM/MS) abriu sindicância e estipulou prazo de dez dias para que os médicos que disputaram o parto de um bebê em Ivinhema, cidade a 293 quilômetros de Campo Grande, apresentem defesa preliminar. Na terça-feira, os médicos discutiram e se agrediram ao disputar a realização do parto de Gislaine de Matos Rodrigues, de 32 anos. A briga aconteceu na frente da paciente, que teve que ser transferida de sala. O trabalho de parto só foi retomado uma hora e meia após o incidente e o bebê acabou morrendo.
O CRM/MS assumiu a investigação do caso para apurar responsabilidade. Caso fique comprovada a culpa, os médicos podem ser advertidos ou até mesmo terem o registro cassado. Um inquérito policial também está em andamento e foi registrado como morte a esclarecer pelo pai do bebê, Gilberto de Melo Cabreira, também de 32 anos.
- A minha mulher pediu pelo amor de Deus para que eles (os médicos) ajudassem no parto e com a briga ela ficou com medo do bebê cair da maca no chão. Aí o bebê que já estava em processo de coroação, voltou pra dentro - afirma Gilberto.
Ele conta que nos últimos três meses a mulher fez o pré-natal com o médico Orozimbo Ruela de Oliveira Neto, de 49 anos, e que por ter adquirido confiança solicitou que ele fizesse o parto. O médico não estava de plantão no dia, mas se prontificou a fazer o trabalho sem cobrar nada. Na segunda-feira à noite, ele e a equipe de enfermagem já estavam na sala de parto quando o médico Sinomar Ricardo, de 68 anos, entrou no recinto e começou a brigar com o colega de profissão, já que ele era o plantonista e não gostou que o outro estivesse atendendo a paciente. Ricardo expulsou Oliveira Neto, que retornou chutando a porta da sala e começou a agredir verbalmente e fisicamente Ricardo.
Segundo Gilberto, a esposa dele contou que, depois disso, Oliveira Neto foi para a sala de atendimento dele, que fica próximo à recepção, e Gislaine de Matos Rodrigues, levada para outra sala, onde teve que se submeter a uma cesárea para que o bebê pudesse nascer.
- Minha filha deveria nascer por volta das onze e quinze da noite de segunda-feira e só nasceu a uma e quinze da madrugada de terça, já morta. Tudo por causa desse fato horroroso - lamenta o pai da criança.
Um dos profissionais deixou a cidade logo depois do ocorrido e desmentiu o relato feito pelo pai do bebê à Polícia Civil. O outro médico envolvido na briga saiu da cidade e até esqueceu a bagagem no hotel. A reportagem da TV Morena, afiliada da Rede Globo, entrou em contato com ginecologista e obstetra Sinomar Ricardo, 68 anos, um dos médicos envolvidos no caso. Ricardo viajou para Campo Grande logo depois do incidente, pois segundo ele, a diretora do Hospital Municipal de Ivinhema, Dirce Minga, disse que a vida dele correria risco caso permanecesse na cidade.
O obstetra disse que estava na sala de cirurgia no momento do parto e que o médico Orozimbo Ruela de Oliveira, 49 anos, entrou na sala.
- Ele já chegou chutando a porta, tentei pegar umas coisas que estava no chão e ele continuou me agredindo - disse Ricardo, acrescentando que o colega é clínico geral e não poderia conduzir o parto, já que o especialista estava presente.
Ricardo disse que após o ocorrido, a médica Elza Maria, mulher dele, acompanhou o parto do bebê. Elza relatou ao marido que viu quando Orozimbo Ruela colocou dois comprimidos na vagina da paciente. Para Sinomar Ricardo, o medicamento era Cytotec, remédio de venda proibida no Brasil e utilizado em práticas abortivas. Ainda segundo ele, a mãe não foi informada que a medicação seria utilizada no parto.
Sinomar Ricardo disse que a secretária de Saúde de Ivinhema, Sônia Garção, e a diretora do hospital pediram que ele não fizesse o boletim de ocorrência.
- Segunda ela, isso poderia sujar a imagem do hospital - disse o obstetra.
Sônia nega que isso tenha ocorrido.
- Ele não fez o boletim de ocorrência por que não quis, os policiais estavam lá a disposição dele - relata a secretária. Gislaine Rodrigues mantém o relato feito pelo marido à Polícia Civil.
Gislaine confirma que dois comprimidos foram introduzidos, mas não soube dizer qual o nome do medicamento.
- Os comprimidos pareciam que estavam corroendo por dentro, comecei a sentir muita dor e liguei para o meu esposo - disse Gislaine.
A reportagem da TV Morena tentou entrar em contato com o médico Orizombo Ruela, também envolvido na briga, mas ele não foi encontrado no hotel em que se hospedou quando começou a trabalhar no hospital, há quatro meses. Os dois médicos já foram dispensados pela prefeitura e não prestam mais serviço na rede pública de Ivinhema.
O laudo da necrópsia tem previsão de sair no início da próxima semana. No atestado de óbito, segundo pai da criança, consta que o bebê teve sofrimento fetal e anoxia - falta de oxigenação no cérebro, decorrente da demora ou complicação do trabalho de parto.
O Cytotec é um remédio com comercialização e uso proibido desde 2005. O seu composto ativo, o misoprostol, é legalizado, com uso restrito nas unidades hospitalares credenciadas pelo SUS, sendo utilizado para a indução de partos que tem alguma complicação.
Os pais do bebê prestaram queixa na delegacia de polícia, que instaurou inquérito para apurar as responsabilidades. O delegado Lupérsio Degerone Lúcio informou que aguarda o laudo necroscópico que ele espera ficar pronto nos próximos dias. Parte da placenta também foi recolhida para biópsia, para que a polícia possa verificar se houve algum problema na formação do bebê e também se há indícios de problemas causados por algum medicamento.
De acordo com o delegado Lupérsio Degerone, o prontuário assinado pelo médico Humberto Ferraz, atesta que o bebê morreu em decorrência de "sofrimento fetal agudo". O delegado deve começar a ouvir os pais do bebê e as testemunhas da briga entre os médicos na manhã desta sexta-feira. Ele pretende ouvir Sinomar Ricardo e Orozimbo Ruela por último e a intenção é ter em mãos todos os exames periciais para definir quem será indiciado por ter provocado a morte da primeira filha de Gilberto e Gislaine, casados há três anos.
Os pais já tinham escolhido o nome da menina: Mibsan Rodrigues Cabreira. Durante o pré natal foi constatado que o feto era saudável e não apresentava complicações. A menina nasceu com 3,6 quilos e 47 centímetros.

Globo

Três mulheres deverão testemunhar contra maníaco da Grande BH


BELO HORIZONTE - Três mulheres que conseguiram escapar do maníaco que estuprava e matava na Grande Belo Horizonte devem testemunhar contra Marcos Antunes Trigueiro, 32anos, preso e acusado de ser o autor dos crimes. Segundo a polícia de Minas, um exame de DNA comprovou a autoria dos crimes e celulares de quatro vítimas foram localizados na casa dele. Um dos aparelhos estava com a mulher de Trigueiro, que também foi presa.
O homem passou a noite numa cela isolada no Ceresp São Cristovão, em Belo Horizonte. O delegado Edson Moreira diz que, segundo informações do Instituto Médico Legal e do Instituto de Criminalística, o preso apresenta tendências suicidas. Para resguardar a possibilidade de autoextermínio ou de agressão por outro preso, ele vai ser mantido em cela isolada.
Casado e pai de cinco filhos , Trigueiro atacava mulheres com o mesmo perfil - altas, morenas, magras, cabelos compridos e escuros e ligadas ao comércio - e levava os aparelhos celulares.
- Foram encontrados aparelhos celulares queimados. Estes aparelhos felizmente para nós mantiveram o número de série intacto, de forma que pudemos comprovar que eram de fato das vítimas - disse o delegado Frederico Abelha.
O maníaco não ia para longe de casa para cometer os crimes: abordava as vítimas na mesma região onde morava, no bairro Industrial, em Contagem.
Ele agia num raio de cerca de um quilômetro e meio. Da casa do suspeito de ser o maníaco até onde morava Maria Helena Aguiarde, uma das vítimas, são cerca de 500 metros. Outra vítima foi Ana Carolina Menezes Assunção, 27 anos. A comerciante foi estrangulada com o cadarço de um tênis. No carro dela estava o filho de um ano.
A polícia afirma que ele é frio, indiferente e altamente perigoso. Com a apresentação ao público, nessa quinta-feira, o delegado Edson Moreira afirma que a polícia já tem recebido denúncias de outros crimes. Já o corpo de Edna Cordeiro de Oliveira, 35 anos foi encontrado em novembro do ano passado.
Os exames de DNA, segundo a polícia, confirmaram que ele matou e estuprou três mulheres. Mas a polícia ainda suspeita que Marcos Antunes tenha matado outras duas mulheres: Adina Feitor Porto, 34 anos, e Natália Cristina de Almeida Paiva, 27 anos, desaparecida em outubro passado e encontrada enterrada como indigente.
No fim do ano passado, Trigueiro trabalhou em uma fábrica de mangueiras na frente da casa onde morava há cerca de um ano. Ficou apenas 15 dias e sumiu sem dar satisfação. Em geral, trabalhava como pintor e pedreiro.
Segundo a polícia, a ficha criminal de Marcos Antunes Trigueiro começou em 2005 quando ele foi preso por furto e roubo. Chegou a fugir da cadeia, mas foi recapturado. Os investigadores disseram que, desta vez, ele entrou na lista de suspeitos porque mora na região onde os crimes ocorreram. E tem um passado como assaltante. Segundo a polícia a foto dele foi reconhecida por uma testemunha como o homem que ela viu no carro de uma das mulheres assassinadas.
O advogado de defesa do rapaz questiona a afirmação da polícia:
- Tem que dar uma olhadinha nos exames direitinho para ver como é que foi feito esse recolhimento do material probatório como um todo aí - disse o advogado de defesa, Rodrigo Bizzoto.

Globo

Orca assassina puxou treinadora do SeaWorld pelo rabo de cavalo, dizem autoridades



RIO - A treinadora americana Dawn Brancheau, de 40 anos, morta pela orca Tilikum na terça-feira em uma das piscinas do parque SeaWorld , na Flórida, foi puxada para a água pelo rabo de cavalo e equipes de socorro não conseguiram fazer o resgate no momento do ataque, pois Tilikum estava muito agressiva, informaram autoridades locais. O parque aquático marcou uma entrevista coletiva para esta sexta-feira para discutir o incidente. ( Blog: Orca assassina ou escrava? )
Dawn morreu afogada e com múltiplas fraturas pelo corpo quando brincava com a orca na borda da piscina. Este foi o terceiro envolvimento de Tilikum, uma orca do sexo masculino de mais de 5 toneladas, em uma morte. O animal era conhecido como de difícil temperamento. Em 1991, a orca e duas fêmeas arrastaram a treinadora Keltie Byrne para a água e afogaram-na em frente ao público, no parque Sealand of the Pacific, no Canadá. ( Apresentações não serão suspensas )
Em 1999, ela se envolveu em um segundo episódio, quando o corpo de um homem nu foi encontrado pendurado nas costas do animal. As autoridades concluíram que o homem, Daniel Dukes, morreu de hipotermia e em seguida afogou. Mas as autoridades também disseram que Tilikum teria mordido o corpo do homem e arrancado com os dentes a sua roupa.
Na quarta-feira, o corpo da treinadora da Flórida foi recuperado por funcionários do parque depois de Tilikum ser removido para um tanque menos com a ajuda de uma grande plataforma, informaram as autoridades.
Dawn escolheu ser treinadora depois de visitar o SeaWorld pela primeira vez, aos 9 anos, disse sua irmã, Diane Gross.
- Era seu sonho. Ela amava animais como se fossem seus próprios filhos. Ela amava o que fazia.
A tragédia aconteceu às 14h (horário local) de quarta-feira. Segundo a polícia, Tilikum acabara uma sessão com Dawn, que se abaixou para fazer carinho na orca.
- Ela usava um rabo de cavalo que tocou de leve no nariz do animal. Ele provavelmente sentiu - contou à CNN o funcionário do parque Chuck Tompkins.


O Globo

Juiz indefere prisão de pediatra acusado de estupro


Volta Redonda

O juiz Ludovico Couto Colacino decidiu negar o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público contra o pediatra Marcelos Guimarães da Silva, acusado de estuprar duas meninas. Ludovico, em sua sentença, afirmou que as alegações contra Marcelos somente podem ser vistas, por enquanto, "como meras suspeitas, carecendo de maior aprofundamento investigativo".
O juiz menciona ainda, em sua decisão, a necessidade de "maiores investigações na procura de fundadas razões da autoria pelo indiciado do delito em tela". De acordo com o juiz, só depois de encontradas essas razões poderia ser decretada a prisão:
- Não se decreta a temporária para procurar fundadas razões e sim o contrário - afirma o juiz em seu despacho.
Ludovico também negou o pedido de busca e apreensão - que se referia a computadores e equipamentos de armazenagem de dados como pen drives, CDs e DVDs - lembrando que um mandado desse chegou a ser cumprido por dois oficiais de justiça, com apoio da Polícia Militar, e o resultado da diligência foi negativo "quanto ao encontro de qualquer material ilícito ou pornográfico".
O inquérito vai prosseguir, com Marcelos em liberdade. O próprio juiz afirma, na decisão em que manteve o pediatra solto, "tratar-se de fato grave que merece rigor em sua apuração", e diz que a culpa ou inocência do médico só deverá ser avaliada "no momento adequado do procedimento legal".

Diário do Vale

Ação penal por violência doméstica cessa na retirada da queixa, diz STJ


Hoje, 90% das ocorrências policiais são arquivadas por falta dessa representação; Câmara agora tentará mudar lei

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem que o Ministério Público só pode abrir ação penal para punir a violência doméstica quando há representação de agressão da vítima. Foram 6 votos favoráveis à manutenção da Lei Maria da Penha sem alterações e apenas 3 a favor de que a ação continuasse mesmo que a vítima retirasse a queixa de agressão na polícia.
Com a decisão da Terceira Seção do STJ, o processo cessa na retirada da queixa. Os crimes de violência contra mulher também só poderão ser apurados caso a vítima se disponha a denunciar pessoalmente o agressor. O julgamento ontem do STJ põe fim às decisões divergentes no País.
A Lei Maria da Penha está em vigor desde agosto de 2006. A estimativa hoje é de que cerca de 90% das ocorrências policiais são arquivadas por falta de representação das vítimas. Se o STJ decidisse pela continuidade das ações, mesmo com a retirada da queixa pela vítima, serviria de jurisprudência a ser seguida pelos tribunais. Cabe agora ao Congresso Nacional mudar a Lei Maria da Penha para torná-la mais clara.
Projeto nesse sentido foi apresentado pela deputada Dalva Figueiredo (PT-AC) em maio. Pela proposta, a ação penal é mantida mesmo que a vítima retire a queixa de agressão na polícia. O projeto está, no entanto, parado na Comissão de Seguridade Social da Câmara desde setembro. "Exigir-se que a mulher vítima de violência doméstica média ou grave, para ver seu agressor punido, tenha de ir em juízo manifestar expressamente esse desejo, somente contribui para atrasar ou mesmo inviabilizar a prestação jurisdicional, fragilizando as vítimas e desencorajando-as a processar o agressor", alegou Dalva, na exposição de motivos.
O relator do caso ontem no STJ, ministro Napoleão Nunes Maia Filho, foi voto vencido. Em seu parecer, ele considerou não haver "incompatibilidade em se adotar a ação penal pública incondicionada nos casos de lesão corporal leve ocorrida no ambiente familiar e se manter a sua condicionalidade no caso de outros ilícitos". Argumentou ainda que "a razão para se destinar à vítima a oportunidade e conveniência para instauração da ação penal, em determinados delitos, nem sempre está relacionada com a menor gravidade do ilícito praticado". Apenas o ministro Og Fernandes e o desembargador Haroldo Rodrigues acompanharam esse voto.
Os ministros Nilson Naves, Felix Fischer, Arnaldo Esteves Lima, Maria Thereza de Assis Moura, Jorge Mussi e o desembargador Celso Limongi divergiram do voto do relator. Eles alegaram que é "mais salutar admitir-se, em tais casos, a representação, isto é, que a ação penal dependa da representação da ofendida, assim como também a renúncia".
A Lei Maria da Penha alterou o Código Penal ao prever que violência doméstica seja punida com a prisão dos agressores. A lei aumentou o tempo máximo de detenção previsto de 1 para 3 anos, além de estabelecer medidas como a saída do agressor do domicílio.

Estadão.com.br

Familiares de detentos denunciam maus tratos na cadeia pública de Manhuaçu



Em um protesto em frente ao Fórum Desembargador Alonso Starling em Manhuaçu MG, familiares de alguns detentos se uniram, melhores tratamentos para os presos.

Segundo Maria da Penha, mãe do presidiário “C” quando o Juiz de Direito da Comarca de Manhuaçu, Dr. Walteir José, chegou para ouvir as reclamações de alguns detentos, seu filho foi colocado dentro de uma viatura, e ficou circulando pela cidade, até que o Juiz fosse embora, e não o ouvisse. Maria Aparecida, perguntou ao Diretor do Presídio onde estaria o seu filho, segunda ela, ele respondeu que ele teria sido encaminhado ao SUS para tomar uma injeção, devido a uma dorzinha no joelho.
Outra mãe de presidiário, Maria de Lourdes Alves da Silva 48 anos, disse que amarraram seu filho nas grades da prisão, e bateram muito nele, após quinze dias, ela foi visitá-lo, ele ainda estava todo machucado. Em seguida quatro deles foram encaminhados a serem ouvidos novamente pelo Juiz, e segundo a mãe, quando retornaram a prisão, tomaram outra boa surra, a mando do Diretor do Presídio.
Nossa reportagem procurou o Diretor do Presídio de Manhuaçu, Dr. Daniel Pereira de Paula, o mesmo desmentiu todo relato dos familiares.

Portal Click

Porfiria, doença que atinge cerca de 100 mil pessoas no Brasil, provoca, nos casos mais graves, aversão à luz


A quantidade de pessoas que desenvolve a doença é pequena, algo em torno de uma em 100 mil no Brasil. O conhecimento sobre a enfermidade é ainda menor. A dificuldade no diagnóstico e o preconceito, no entanto, são enormes. A porfiria, distúrbio de caráter genético causado por uma deficiência de enzimas no organismo, sempre foi cercada por uma aura tão misteriosa que, segundo historiadores, os mitos da existência de vampiros e lobisomens surgiram por causa dela. Isso porque, em casos mais graves da disfunção, o paciente desenvolve fotofobia (aversão à luz), a quantidade e a espessura dos pelos ficam maiores e as gengivas se retraem, deixando os dentes expostos. Nos tipos mais comuns de porfiria, os sintomas vão de dores agudas no abdome a fraqueza muscular, passando por náuseas e confusão mental. Todas essas alterações no estado de saúde da pessoa dificultam bastante a descoberta do problema.
A funcionária pública Helena Lopes Santiago, 45 anos, perdeu a irmã Edna, com 25, por causa da doença. A jovem não resistiu aos efeitos da porfiria, que se tornaram latentes após uma cesariana. Em 1993, aos 29 anos, foi Helena quem passou a se sentir mal constantemente. As dores musculares eram insuportáveis. A sensação de que a pele estava queimando causava alucinações. Ela teve paralisia nos membros inferiores e superiores. Durante o período de crise, inúmeros médicos foram consultados e ela passou por muitos exames. Nenhum conclusivo. Quando, finalmente, uma médica fez o diagnóstico de porfiria, Helena estava presa a uma cadeira de rodas e com dificuldade na fala.
“Depois que me recuperei, escrevi um livro sobre essa experiência forte que experimentei. Meus sentimentos foram testados por vários prismas e com intensidade absoluta. Por isso, meus preconceitos foram deixados para trás e os valores pessoais acentuados e impregnados em mim. Minha alma ficou marcada para sempre”, afirma a funcionária pública. “Descobri que viver é uma dádiva e que não fomos gerados para só passar pela vida. Penso que desfrutar da vida que Deus nos deu significa desenvolver nossas habilidades, emoções, sensações, fé e a capacidade de interação com as pessoas.”

Helena aprendeu a conviver com a doença, embora tenha de respeitar limitações e seguir uma lista de instruções como evitar estresse, não engravidar, não fazer dieta para perder peso e ficar atenta a remédios contraindicados para ela.
A principal dificuldade no tratamento da porfiria é identificar a doença. Com muitos sintomas iguais aos de outras enfermidades, nem sempre os pacientes são medicados de maneira correta. O médico geneticista Charles Lourenço, do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, São Paulo, é especialista em porfiria. De acordo com ele, muitos médicos não consideram a possibilidade da doença por se tratar de algo relativamente raro. Ainda segundo Lourenço, o número de pessoas que carregam os genes causadores do problema é muito baixo e, ainda assim, 70% dos portadores nunca vão desenvolver qualquer tipo de porfiria. “Na maioria dos casos, a interação com meios externos é determinante para que as crises ocorram. Depois de diagnosticado e tratado o problema, os pacientes têm grandes chances de levar uma vida normal”, explica.

Preconceito


O preconceito que permeia a vida dos que convivem com porfiria tem algumas explicações. A primeira delas é que, por causa do difícil diagnóstico, muitos pacientes são tidos como hipocondríacos, exagerados ou até mesmo malucos. No caso mais grave e raro da doença, a porfiria eritropoiética congênita, o corpo sofre deformações, principalmente, pela exposição à luz do sol. “Sei de pacientes que passaram por cirurgias para a retirada do apêndice, porque as dores abdominais foram confundidas com apendicite. No caso da porfiria eritropoiética congênita, a sensibilidade à luz é tão grande que a exposição pode destruir ossos e causar lesões de pele debilitantes”, afirma o geneticista Charles Lourenço. O aspecto dessas lesões cutâneas também é apontado como um dos grandes responsáveis pelo preconceito contra portadores de porfiria.
É exatamente pelo receio do preconceito da sociedade que uma aposentada de 57 anos, moradora de Brasília, pediu para não ser identificada. Ela conta que passou duas décadas com problemas de saúde que não eram solucionados. Consultou médicos da capital federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro, mas ninguém conseguia descobrir a causa dos sintomas. “Eu sabia que tinha alguma coisa muito séria e fiquei bastante deprimida por não receber o tratamento correto. Há um ano, uma médica fez uma pesquisa mais apurada do meu histórico e notou que eu precisei tomar doses de hormônios para sustentar uma gravidez. Aí estava a chave do segredo”, destaca a mulher.
Atualmente, a aposentada está bem. Conviver com a porfiria não é mais o pesadelo de outrora e as crises de ansiedade desapareceram. “Graças aos médicos e à minha família, consegui vencer a luta contra a doença. Mas foi muito difícil”, diz. Textos publicados na página eletrônica da Associação Brasileira de Porfiria (www.porfiria.org) ensinam que o primeiro passo para as pessoas que enfrentam os problemas causados pela doença é procurar um médico e se manter longe de fatores que podem desencadear as crises de porfiria. Além disso, o órgão ressalta que os doentes precisam de acompanhamento médico em diferentes especializações, como hematologia, dermatologia e psicologia.

Igor Silveira
Correio Braziliense

Advogado é preso por suspeita de pedofilia em Santa Catarina


FLORIANÓPOLIS - Um advogado foi preso em flagrante por pedofilia no início da noite desta quarta-feira em casa, no Centro de Lages, na Serra catarinense. O homem, de 67 anos, estava acompanhado de uma adolescente, que fugiu pelos fundos da residência. A irmã dela, de 13 anos, esperava do lado de fora e contou aos policiais que as duas mantinham encontros com o homem.
O suspeito era investigado pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) há mais de um ano. Na casa do advogado, havia fotografias de mulheres, adolescentes e crianças com uniformes escolares, trajes íntimos, em posições eróticas e nuas. Também foram apreendidos um revólver, celulares, envelopes de gel lubrificante e cartelas com estimulantes sexuais.
Cartas endereçadas ao suspeito indicam que algumas garotas lhe pediam dinheiro. A polícia ainda investiga se o revólver calibre 38, com um brasão, é da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e se o homem é aposentado como delegado no Estado. Negativos de fotografias e um computador foram encaminhados à perícia.
O suspeito disse que sua prisão é vingança por ter processado policiais de Lages por abuso de autoridade. O advogado afirmou que os policiais entraram em sua casa sem mandado e que as fotos foram enviadas por sobrinhos.
O advogado foi encaminhado à Central de Polícia Civil e autuado em flagrante por estupro, prostituição infantil e posse ilegal de arma. Depois, seria encaminhado ao Presídio Regional de Lages.

Globo

ONU critica lei do Brasil sobre drogas


São Paulo - No mesmo dia em que a Junta Internacional de Controle de Entorpecentes divulgou relatório com críticas à legislação brasileira sobre drogas, o governo brasileiro anunciou que pretende rever as regras existentes, para torná-las ainda mais flexíveis. "A Junta observa com preocupação que em alguns países da América do Sul, como Brasil, Argentina e Colômbia (além de Estados Unidos e México na América do Norte), há um movimento crescente em favor da descriminação da posse de drogas", alerta o documento.
O texto preparado pelo grupo de especialistas recrutado pela Organização das Nações Unidas (ONU) afirma que a lei brasileira, em vigor desde 2008, pode transmitir uma "mensagem errada" sobre uso de drogas. No entanto, essa lei foi amplamente discutida por vários setores da sociedade e elogiada - ao estabelecer penas alternativas para usuários, em vez de prisão. O relatório sugere que a lei brasileira estaria em desacordo com convenção internacional de drogas.
Depois do lançamento, o representante do Escritório das Nações Unidas para Crime e Drogas (UNODC), Bo Mathiasen, afirmou que o documento está incorreto. "A lei brasileira é modelo. Usuário de droga não deve receber tratamento equivalente ao de criminoso. O texto do relatório está confuso e cheio de imperfeições."
O secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, general Paulo Roberto Uchôa, afirma que, embora considerada um avanço, um grupo brasileiro de especialistas considera que já é hora de fazer novas alterações na lei. O movimento tem como ponto de partida um trabalho do Ministério da Justiça, em parceria com a Universidade de Brasília e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre as pessoas que estão presas sob a acusação de tráfico. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Proposta de alteração na lei é criticada

O Ministério da Saúde defendeu modificações na lei brasileira referente às drogas, como a diminuição da pena para pequenos traficantes e a punição de dependentes químicos. As medidas sugeridas foram criticadas por delegados das polícias Federal e Civil.
O coordenador de Saúde Mental e Drogas do Ministério da Saúde, Pedro Gabriel Delgado, afirmou que o assunto está sendo discutido pelo governo federal. Ele defendeu que não só a quantidade de droga apreendida, no momento da prisão, seja analisada pela Justiça no julgamento de um caso de posse, mas também os antecedentes criminais e o histórico do usuário.
Outra mudança sugerida é o pagamento de multa para pessoas flagradas com drogas para o consumo. O coordenador de Saúde Mental e Drogas disse que é preciso diferenciar usuários eventuais de traficantes. Delgado não acredita que as alterações causarão aumento no tráfico.
As sugestões foram criticadas pelo delegado de Repressão a Entorpecentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, Cláudio Monteiro. Ele ressaltou que o abrandamento das leis chegou ao limite. O policial questionou a possibilidade de diminuição da punição para os pequenos traficantes.
Monteiro argumentou que são os mais envolvidos em assassinatos e considerou a flexibilização como uma proposta de pessoas que desconhecem a realidade do tráfico.

O juiz poderia optar por medida alternativa

O delegado Ildo Rosa, da Polícia Federal, também discorda da redução da pena para pequenos traficantes. Ele disse que são os que mais causam danos porque aliciam as pessoas. Sobre a diminuição das penas aos usuários, afirmou que não existe mais espaço para concessões.
O professor de Direito Penal da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), Alceu de Oliveira Pinto Júnior, explicou que a redução da pena mínima para traficantes, que hoje é de cinco anos, vai permitir aos juízes decidirem por penas alternativas em vez da prisão. Nesse caso, ele disse que a reinserção do criminoso na sociedade seria facilitada.
O Conselho Estadual de Entorpecentes tem discutido esta possibilidade nas reuniões. O temor é que a medida abra uma brecha na lei e possa beneficiar os grandes traficantes, que são defendidos por bons advogados, alertou o conselheiro Jairo Brincas.

Diário Catarinense

Leia também no Globo: Ministério da Saúde defende revisão da lei para abrandar punição para usuários de drogas

Exclusivo: o projeto de Luciano Huck que vai abalar Bangu e o Brasil!

Foto: João Laet / Agência O Dia

Rio - Nada vez mais engajado em causas sociais, Luciano Huck vai anunciar no, próximo dia 3, um projeto que promete sacudir o sistema penitenciário fluminense e, tomara, brasileiro. Em parceria com o AfroReggae e com as secretarias estaduais de Educação e Administração Penitenciária, o apresentador doará 2 mil cursos da Eschola.com, sua empresa de educação online, para presidiários de Bangu.
Pela primeira vez, um provedor de conteúdo será instalado no complexo penitenciário, uma intranet para que os presos possam fazer as aulas, excluindo, evidentemente, qualquer comunicação online com o mundo exterior. Num primeiro momento, serão oferecidos entre seis e oito cursos profissionalizantes, que prepararão os alunos para a segunda etapa do projeto, que prevê o ensino de línguas estrangeiras. Se, por ventura, sobrarem cursos do pacote de 2 mil, Luciano vai estendê-los aos familiares dos presos.
Ninguém sabe, mas Huck tem feito visitas a Bangu no último ano. Conversou com detentos, policiais e com o governo do Estado para chegar a uma proposta de solução para o sistema. “Fui lá algumas vezes com o AfroReggae, que faz um trabalho maravilhoso nos presídios. Acho que o nó penitenciário precisa ser desatado, assim como tantos outros nós da nossa sociedade. É preciso encontrar um meio de ressocializar de fato essas pessoas, dando possibilidade de uma nova vida quando terminarem de cumprir suas penas. Senão, elas caem de novo no crime. Não podemos simplesmente fingir que o problema não existe no Brasil”, diz ele a PG3.
Luciano é um cara legal e só tem motivos para comemorar: é pai de uma família linda, líder absoluto de audiência e comemora este ano 10 anos de sucesso de seu ‘Caldeirão’. Poderia ficar em casa colhendo os louros, mas, antenado como é, sabe que a nova onda pertence às celebridades responsáveis e engajadas — vide Brad Pitt, Angelina Jolie, Madonna e Naomi. E aguardem a coluna de amanhã para saber mais sobre essa última...

Bruno Astuto

Gênio ao piano, menino de 9 anos é celebridade nos Estados Unidos



Ethan Bortnick passeia pelos clássicos, ama rock and roll e arrasa no jazz.

Conheça agora a mais nova celebridade americana. Ethan Bortnick tem só 9 anos mas já frequenta os programas de maior audiência da televisão americana. Ele passeia pelos clássicos. Ama rock and roll e arrasa no jazz.
O menino criado na Flórida começou a dedilhar aos 3 anos e com 5 passou a compor. Hoje arrecada milhões de dólares para instituições que cuidam de crianças.

O próximo passo? Quem vai saber....


Bom Dia Brasil

Campanha de vacinação contra a nova a gripe será a maior da história


540 mil pessoas serão imunizadas na cidade; veja as datas e a lista das doenças crônicas

A campanha de vacinação contra a nova gripe será a maior da história em Campinas. A secretaria municipal de Saúde anunciou nesta quinta-feira (25) que 540 mil pessoas serão imunizadas na cidade. Em toda a região, serão 1,2 milhão de beneficiados. Esse número aumenta para 13,3 milhões quando levado em consideração o Estado de São Paulo por completo. As doses começam a ser distribuídas no dia 8 de março e, a princípio, serão disponibilizadas em postos e centros de saúde. Escolas não estão autorizadas e aplicar a vacina nos alunos. No ano passado, a doença atingiu 458 pessoas e fez 53 vítimas fatais na região de Campinas. No Brasil, foram aproximadamente 1,7 mil mortes e 40 mil casos graves. Antes, a campanha para a eliminação da rubéola e para a manutenção da erradicação da poliomelite, em 2008, havia atendido 500 mil pessoas na cidade. Após reunião com representantes da área, o secretário municipal de Saúde, José Francisco Kerr Saraiva, definiu que o calendário seguirá o cronograma pré-estabelecido pelo Ministério da Saúde. A vacinação será feita em quatro etapas. Na primeira fase (8 a 19 de março), os profissionais da saúde e a população indígena serão imunizados.
No final do mês de março, a partir do dia 22, crianças de seis meses a 2 anos de idade, grávidas e pessoas que têm doenças crônicas receberão a dose (Veja a Lista abaixo) . Jovens entre 20 e 29 anos e idosos serão atendidos na terceira etapa, em abril deste ano. Depois, é a vez dos idosos com mais de 60. Essa fase vai do dia 24 de abril a 7 de maio. Nesta quinta (25), o público-alvo aumentou. O grupo de adultos entre 30 e 39 também foi incluído na campanha, de 10 a 21 de maio, data do fim da vacinação.
As pessoas que não se enquadram no perfil divulgado pela ministério poderão ser imunizadas nos laboratórios particulares, já que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou a comercialização das vacinas no Brasil. Ainda não há uma estimativa referente ao preço que o medicamento será vendido, mas o órgão irá estipular valores máximos e haverá fiscalização. Em Campinas, algumas clínicas já têm lista de espera.

Saiba Mais: Veja Como se Prevenir

DOENÇAS CRÔNICAS PARA VACINAÇÃO
De 22 de março a 2 de abril
• Obesidade grau 3 - antiga obesidade mórbida (crianças; adolescentes e adultos);
• Doenças respiratórias crônicas desde a infância (exemplos: fibrose cística, displasia broncopulmonar);
• Asmáticos (formas graves);
• Doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
• Doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (exemplo: distrofia neuromuscular);
• Imunodeprimidos (exemplos: pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
• Diabetes mellitus;
• Doença hepática (exemplos: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
• Doença renal (exemplo: insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
• Doença hematológica (hemoglobinopatias);
• Pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (exemplos: doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
• Portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
• Portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (exemplos: hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).

Com informações do Ministério da Saúde

Suspeito de estuprar e matar três mulheres na Grande BH está preso



O suspeito de estuprar e matar cinco mulheres na região metropolitana de Belo Horizonte está preso. Marcos Antunes Trigueiro, de 32 anos, foi apresentado na manhã desta quinta-feira, na Superintendência da Polícia Civil. Ele foi preso ontem e exames confirmaram que o DNA confere com o material genético encontrado no corpo de três vítimas.

Marcos Antunes é pintor e tem cinco filhos. A policia chegou até ele, rastreando o celular de cinco mulheres mortas. Quatro aparelhos estavam com o suspeito e um com a mulher dele, que também foi presa.
O homem passou a noite isolado em uma cela do Departamento de Investigações, no bairro Lagoinha, na capital. Ele foi preso no bairro Lindéia, próximo à região onde moravam as mulheres assassinadas.

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